sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Estudo da Parábola da Figueira que Secou

 

A fé transporta montanhas.

“Quando saiam de Betânia, ele teve fome: – e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. – Então, disse Jesus a figueira: Que ninguém coma de fruto algum, o que seus discípulos ouviram. – No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até à raiz. – Pedro lembrando-se do que dissera Jesus, disse: Mestre, olha como secou a figueira que tu amaldiçoaste. – Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: Tira-te daí e lança-te ao mar, mas sem hesitar em seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito acontece.
(MARCOS, Cap. XI, vv., 12 a 14 e 20 a 23).”

1. É preciso, antes de iniciarmos nossas considerações, o papel da figueira na história antiga. De sarcófago dos Faraós egípcios a produto de interesse estratégico para os gregos, o Figo foi considerado uns dos frutos mais preciosos para o desenvolvimento humano. Suas frutas desidratadas poderiam servir de alimento muitos meses depois de sua colheita. Seus grandes galhos serviam de sombra para os viajantes. Daí a sua grande importância na antigüidade.

2. Em linguagem figurada, as pessoas procuram os orientadores religiosos, os palestrantes espíritas, sacerdotes, etc. em busca de alimento espiritual, do figo sagrado para alimentar suas almas de esperança e futuro melhor.

3. Enquanto tentam alcançar o fruto sagrado, colocam-se sob sua sobra, para saborear as palavras, acreditam estar saboreando momentos de elucidação e entendimento.

4. Ledo engano, ao invés de proteger do sol, o falso o esconde. Tal qual uma armadilha bem montada, ele retira a luminosidade e limita a visão.

5. Aqueles que desconhecem suas intenções e objetos, entregam sua fé e esperam que um dia, quem sabe, o fruto poderá chegar a suas mãos e, por fim, sorver de seu sabor como os únicos que acreditaram nos propósitos daquele que os atraiu.

6. Enfim, os falsos profetas são como figueiras sem frutos, sabiamente mostrados na passagem.

7. Cristo, o Professor Divino, educando durante todo o momento de sua vida na Terra, apresentou em linguagem figurada esses falsos profetas e os aproveitadores da vida.

8. Também, neste momento, mostrou o funcionamento da vontade diante do mundo material.

9. Ao explicitar seu desejo, mostrou aos discípulos que a vontade é energia transformadora. Que educar os desejos é abrir portas divinas para o Infinito. Enquanto muitos transformam sua vontade nos mais diversos anseios materiais, outros miram os céus, em busca de Iluminação.

10. Almas voltadas para o bem, ultrapassam as sombras angustiosas e espessas da materialidade. Na Terra encontram o aprendizado, o plantio necessário para as colheitas espirituais. Reparam o passado doloroso. Abraçam os inimigos de ontem para aproximarem-se dos seus benfeitores do céu.

11. Não se deixam abater pelas dificuldades. Conhecem suas responsabilidades. Aceitam as decisões tomadas nos momentos de clareza e seguem sua Jornada. Aprendem com seus atos do passado e presente para  vivenciar suas experiências futuras, apresentando as melhores provas do que aprenderam: Amar uns aos outros.

12. Ao  direcionar sua vontade a Figueira, Jesus abriu a porta para o renascimento. Nova Figueira se formará, pela misericórdia do esquecimento e pelas águas do tempo. Há sempre uma nova oportunidade. Para aquele que só consegue enxergar o momento, a Figueira secou. Mas, para o que consegue enxergar mais além, vê a oportunidade e a eternidade.  Outra árvore nascerá, suas sombras protegerão os viajantes cansados e seus frutos se multiplicarão setenta e sete vezes sete vezes.

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